segunda-feira, 25 de junho de 2012

Mari(A)na

Ela sou eu.
Ela sou eu na hora certa.
Eu sou ela.
Eu sou ela sem freio.

Ela já leu mais livros do que eu.
Eu já tive mais namorados do que ela.
Ela já brigou muito comigo.
Eu adoro chamá-la de dramática.

Nós já rimos muito juntas.
Já nos abraçamos muito.
Bebemos muitos chopps e tangos.
Vimos muitos táxis cruzarem Ipanema.

Eu já pedalei para encontrá-la.
Ela já pegou estrada para me ver.
Nós gostamos de ir à praia à noite
À tarde enterramos nossos pés na areia.

São dez anos de amizade verdadeira.
E ela me faz falta todos os dias.
Não existe um dia no meu mês em que meu pensamento não voe até a Tijuca
lembrando da voz de trovão, do sorriso largo e do abraço de mãe/irmã.

Nem que seja para falar o quanto ela está magra
ou saber o número do tatuador dela;
nosso silêncio lado a lado na praia faria a diferença nos meus dias tristes.

A menina mulher que tem um A a menos no meu nome, mas muitos outros alfabetos na minha vida.


(Foto de 2000 e lá vai fumaça. Mais uma noite inesquecível no Empório.)

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